Descreva-me teu rosto e mostre-me teus caminhos pelas veredas desta vida. Destas águas profundas que desaguam em seu semblante faz deleitar-me.
Enxuga-me de todo o fogo e apague-me desse afogamento, pois já nem sei mais o que estou agora fazendo.
Tudo aqui é igual o diferente agora sou eu.
De tudo que ficou, pouco sobrou-se e nada pode-se aproveitar. Quem lembra, lembra, mas será que algo pôde se salvar?
Tudo parece fazer um sentindo quando no momento nada pode mudar-se. Assistindo o brilho de uma noite em cima de um telhado que jamais irá se revivenciar.
O pouco ainda é pouco e quem de nós dois um dia do muito teremos?
Se era tão especial assim o que te fez esmaecer?
Algo confortante e cínico já que não podes nem dizer-me, o que fizeste com este alguém que um dia ousou querer-te?
Publicado em 07/02/2011 - Equipe Jardim Encantado